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Publicado: 12/05/2017

Porto Rico: Cooperativas em centros penais contribuem na reabilitação

O cooperativismo tem sido um movimento de grande ajuda para Porto Rico em diferentes aspectos da sociedade. A comunidade carcerária do País, não é exceção. Ao menos quatro cooperativas operam em instituições penais do País com aval do departamento de Correção e Reabilitação e a Liga das Cooperativas de Porto Rico, entre outras entidades.

Além de proporcionar uma oportunidade de ser empregado sob a autogestão, estas iniciativas têm resultados concretos no processo de reabilitação. “A primeira cooperativa unicamente de pessoas do sistema carcerário foi fundada há 15 anos no Complexo Correcional de Guayama, que é conhecido como Guayama 945. Ali trabalham artesãos e tem um pomar. Eventualmente outras cooperativas surgiram em outros complexos prisionais”, falou Dahila Torres Valentin, coordenadora de programas e serviços da Liga das Cooperativas.

O primeiro conceito de “cooperativas de presos” levou o nome de Arrigos e a ela seguiu-se a Cooperativa El Zarzal Multi Coop, Rio Grande, dedicada também no plantio e distribuição de produtos agrícolas e a Cooperativa Vencedores, no Instituto Educativo Correcional de Bayamón. “Porto Rico tem sido pioneiro neste tipo de iniciativa porque não é comum que existam cooperativas de confinados neste hemisfério”, apontou a funcionária.

“A cooperativa de Bayamón é como um instituto. Eles se preparam para, quando saírem, terem uma nova vida e energia renovada. Ali tem uma cooperativa aonde trabalham com hortas hidropônicas”, manifestou Torres Valentin.

O último grande projeto incorporado é a primeira cooperativa de mulheres do sistema prisional em toda a América Latinam que tem o nome Taínas Coop. Este empreendimento foi fundado na antiga Escola Industrial para Mulheres em Veja Alta, e que agora opera em Bayamón. Ali serão fabricados sacos e caixas de materiais recicláveis, assim como laços, tiaras e sapatos para bebês, entre outros produtos.

10% dos lucros gerados pelas cooperativas é destinado ao fundo social da cooperativa; 30% vai para o Departamento de Correção e Reabiliatação e os 60% restantes são distribuídos entre os parceiros.

“Estas iniciativas são importantes porque estão em sintonia com o processo de reabilitação. As pessoas confinadas que participam dessas cooperativas têm mostrado uma conduta de reabilitação e usam para ter um espaço para o autoemprego. Assim pode ajudar suas famílias”, comentou Torres Valentin.

Ele explicou o impacto que estas iniciativas teve um impacto muito importante na vida de seus participantes. “O mais importante é que , as centenas de pessoas que participaram nestas cooperativas e tem vindo para a comunidade, apenas um ou dois voltaram a ser presos. Muitos tem conseguido emprego ou artesãos certificados que continuaram os estudos em psicologia ou de marketing. E no final eles estão reabilitados a conviver na sociedade”, expressou a funcionária.


Fonte: Redação EasyCOOP com ACI Américas

 

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