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Publicado: 22/06/2017

Em Diadema, educação também é cidadania, cooperativismo e empreendedorismo

Com o apoio do governo estadual, uma experiência marcante está sendo desenvolvida na Escola Estadual João Ramalho, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo. A iniciativa é da Casa da Economia Solidária, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município, que promove e incentiva o empreendedorismo popular, o cooperativismo e ações de cidadania que geram trabalho e renda. A Casa foi inaugurada em 12 de dezembro de 2014.

Assim começou a funcionar, no segundo semestre de 2016, a Cidade Escola João Ramalho de Economia Solidária – ou simplesmente Cidade Solidária. Em 12 de abril passado, essa cidade fictícia elegeu sua primeira “administração municipal” – prefeito, vice e 15 vereadores -, com os votos dos 1.850 alunos matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio. A posse para um mandato de dois anos, com ares de ato oficial, foi realizada em 17 de abril em cerimônia na Câmara Municipal (de verdade), com a presença do presidente do Legislativo, Marcos Michels.

Como se fossem autoridades de uma cidade real, os eleitos verificam as diversas iniciativas dos alunos, com destaque para o cultivo da horta, para ajudar no abastecimento da merenda escolar. O projeto envolve todas as 36 salas de aula, que funcionam como cooperativas solidárias. As “autoridades” que integram a administração solidária também auxiliam (no sentido pedagógico) no processo de aquisição pública dos alimentos produzidos e fazem o recolhimento de impostos. Os vereadores são responsáveis por fiscalizar o trabalho do “Executivo” e propor alterações na legislação municipal dessa cidade. Todas as atividades obedecem a uma dinâmica própria, com divisão de tarefas, legislação específica e moeda social, com nome de JR.

Cada sala-cooperativa trabalha um tema, que vai de Plantio de Horta, Viveiro de Mudas, Rega e Limpeza dos Canteiros, Compostagem, Comunicação (rádio e jornal internos e mural), Manutenção da Escola, Projetos e Experimentação, Desperdício Zero, Jogos de Mesa, Evento e Reciclagem. Algumas atividades são diárias (aquelas que envolvem a manutenção da horta), outras semanais e outras mensais. Cuidar dos 14 canteiros da horta, onde são plantadas verduras (alface, almeirão e rúcula), temperos e ervas medicinais faz parte da vivência dos alunos. Enquanto limpam, adubam e regam, eles aprendem noções de empreendedorismo, alimentação saudável e educação ambiental.  

“A Economia Solidaria vem ajudando dezenas de famílias em Diadema na geração de trabalho e renda. A ideia é que o Cidade Escola João Ramalho de Economia Solidária, assim como o projeto Hortas Escolares, contribuam para o desenvolvimento do cooperativismo no Município, na perspectiva da cultura de paz,  como ações educativas, culturais e ambientais”, afirma o prefeito de Diadema, Lauro Michels Sobrinho.

Para Laércio Soares, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município, “o princípio da colaboração é o ponto chave do projeto, que tem na horta escolar sua principal atividade, mas a transformação das salas de aulas em cooperativas e a experiência que a Cidade Solidária João Ramalho está trazendo é uma oportunidade primorosa para que os estudantes tenham de fato vivências e práticas de cidadania e de empreendedorismo”.

Além da João Ramalho, outras 16 escolas da rede municipal de ensino também cultivam canteiros de hortaliças e ervas em suas dependências como atividade extracurricular.  O projeto conhecido como Hortas Escolares é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação, por meio do Programa Cidade na Escola.  A ação envolve 3.000 estudantes, entre 5 e 10 anos, e tudo que é colhido nos canteiros – 112 nesse projeto - também vai para a merenda escolar. 

 


Fonte: Revista EasyCOOP (Com informações e apoio de Iara S. Luz, da Prefeitura Municipal de Diadema)

 

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